Discurso do Embaixador dos Estados Unidos para Moçambique Peter H. Vrooman
247° Aniversário da Independência dos Estados Unidos da América
21 de Junho de 2023
(conforme preparado)
Sua Excelência Ivete Maibaze, Ministra da Terra e Ambiente,
Representantes do Governo de Moçambique,
Colegas do corpo diplomático,
Parceiros do sector privado e da sociedade civil,
Fellow Americans,
Senhoras e senhores,
Boa noite. Obrigado a todos por se juntarem a nós esta noite, para celebrar a independência dos Estados Unidos, a relação entre Moçambique e os Estados Unidos, e para celebrar a nossa liberdade duramente conquistada. Obrigado à nossa equipa por todo o seu trabalho.
Esta semana, os americanos de todo o mundo celebraram o Juneteenth, o Dia da Liberdade: por ocasião da emancipação da última pessoa escravizada nos Estados Unidos. Embora sejamos uma nação fundada no ideal da liberdade, nem sempre estivemos à altura desse valor.
Em 1776, os Americanos lutaram pela independência e pela liberdade, mas – como sabemos – essa liberdade era incompleta. Nas palavras de Fredrick Douglas: “Para o escravo americano, o que é o vosso 4 de Julho?”. “What, to the American slave is your Fourth of July?”. Na Guerra Civil Americana – a mais mortífera de todas – os soldados da União lutaram contra a escravatura. Durante o Movimento dos Direitos Civis, jovens activistas lutaram contra a discriminação sistemática, a violência e a opressão. E, actualmente, o movimento Black Lives Matter é a continuação da luta de todos os Americanos pela igualdade, equidade e inclusão.
Ao chegarem aqui esta noite, foram recebidos pela palavra “Freedom.” O falecido congressista americano John Lewis disse: “A liberdade não é um estado, é um acto… É a ação contínua que todos temos de realizar, e cada geração tem de fazer a sua parte para criar uma sociedade ainda mais justa e equitativa.”
O que impulsiona o trabalho desta Embaixada é a nossa dedicação aos esforços colectivos para a ação. Agimos para não deixar ninguém para trás e para deixar um mundo melhor do que aquele que herdámos.
Convosco agimos para dar às jovens raparigas a liberdade de realizar os seus sonhos; manter as pessoas vivas com o tratamento do HIV; e agimos para cuidar dos mais vulneráveis – incluindo os deslocados pela violência, terrorismo ou desastres naturais.
Em qualquer democracia, a possibilidade de todas as pessoas viverem livremente deve ser defendida e preservada. A liberdade e a igualdade são a essência da humanidade e são as razões pelas quais lutamos. Moçambique conhece bem esta luta. Lutou contra o colonialismo, sobreviveu à sua própria e mortífera Guerra Civil, e colocou “liberdade, unidade, justiça e progresso” no preâmbulo da sua constituição. As nossas duas nações são compostas por cidadãos que acreditam nestes valores, e em lutar para “pedra a pedra construir um novo dia.”
Parabéns pelos passos para a paz duradoura que Moçambique realizou.
Como a poetisa Amanda Gorman recitou durante a tomada de posse do Presidente Biden há dois anos:
“…we are far from polished, far from pristine, but that doesn’t mean we are striving to form a union that is perfect. We are striving to forge our union with purpose.
To compose a country committed to all cultures, colors, characters and conditions of man. And so we lift our gaze, not to what stands between us, but what stands before us.
We close the divide because we know to put our future first, we must first put our differences aside.”
Por fim, celebramos as liberdades que nos unem.
Agora, peço-vos a se juntem a mim e à Sua Excelência Ministra Maibaze num brinde:
- À independência dos Estados Unidos da América e à liberdade de todos os Americanos,
- Ao povo moçambicano,
- Ao Presidente Filipe Jacinto Nyusi e ao Presidente Joseph Biden,
- E à amizade entre a República de Moçambique e os Estados Unidos da América.
Saúde!
Agora, convido Sua Excelência a partilhar algumas palavras.