Lançamento da Campanha Nacional de Aceleração dos Progressos na Saúde da Mulher e do Recém-Nascido

Sua Excelência, a Primeira Dama da República de Moçambique, Isaura Nyusi

Sua Excelência a Ministra da Saúde, Dra. Nazira Abdula,

Distintos colegas do Governo de Moçambique, 

Distintos parceiros no sector da saúde,

Minhas senhoras e meus senhores,

Boa tarde.

 

É uma honra juntar-me a vocês aqui hoje, para participar nesta cerimónia importante de lançamento da Campanha Nacional de Aceleração dos Progressos na Saúde da Mulher e do Recém-Nascido.  Antes de começar o meu discurso formal, gostaria de tomar um breve momento para relembrar o legado do Presidente George H.W. Bush, cujo velório e enterro terão lugar amanhã nos Estados Unidos.  A nossa embaixada está encerrada hoje e a nossa bandeira içada em meia-haste em sua homenagem.  Como muitos de vocês irão se lembrar, o Presidente Bush era um incansável defensor da crença de que a parceria internacional poderia melhorar a qualidade de vida global, e sob sua liderança, os Estados Unidos tornaram-se defensores de várias iniciativas globais de saúde, particularmente na área de saúde materna e infantil.  As suas contribuições humanitárias continuaram muito depois da sua presidência e foram melhor representadas pelos seus esforços incansáveis para mobilizar a comunidade internacional a responder à devastação causada pelo terramoto e tsunami de 2004 no Oceano Índico.  É sobre o seu legado de serviço público abnegado e contribuições humanitárias que todos nós envolvidos nos esforços para melhorar o desenvolvimento humanos devemos reflectir.

O lema do evento de hoje, Todos pela vida da mãe e do recém-nascido, enfatiza legitimamente que o progresso só pode ser alcançado através de parceria.  Só um esforço conjunto sustentado, sob a liderança e administração do Ministério da Saúde, pode fortalecer a capacidade do sistema nacional de saúde de salvaguardar as vidas das mães e recém-nascidos em todo Moçambique.

É importante reconhecer que estamos a registar progressos – a saúde materna e do recém-nascido tem melhorado de forma constante em todo Moçambique.  Graças aos esforços do Ministério da Saúde, trabalhando em estreita colaboração com os parceiros de desenvolvimento, mais mulheres em Moçambique estão a receber serviços pré-natal, mais partos com parteiras qualificadas estão a ter lugar nas unidades sanitárias, e mais trabalhadores comunitários de saúde estão a fornecer informações e serviços em comunidades de difícil acesso.  Em resultado, mais mulheres e recém-nascidos moçambicanos sobrevivem a gravidez, parto e as primeiras semanas de vida.

Entre 1990 e 2015, em Moçambique, as mortes de recém-nascidos reduziram para metade e as mortes maternas diminuíram em quase dois terços.  Esta é uma enorme realização.  Apesar deste progresso, porém, ainda estamos a perder mais de cinco mil mães e vinte e nove mil recém-nascidos a cada ano em Moçambique.  As mulheres estão a morrer de hemorragia pós-parto, sepse e eclâmpsia.  Os recém-nascidos estão a morrer de prematuridade, asfixia e sepse.  As intervenções eficazes para a prevenção e tratamento de todos estes problemas são conhecidas, e devemos acelerar os nossos esforços para prevenirmos estas mortes desnecessárias.

Reconhecendo a urgência, a equipa do Ministério da Saúde e parceiros de desenvolvimento estão a trabalhar em conjunto em todo o país para expandir ainda mais e melhorar o sistema de saúde de Moçambique, tentando acompanhar o ritmo da crescente procura da população em rápido crescimento.  A vasta maioria dos 29 milhões de habitantes de Moçambique depende somente do sector público para serviços de saúde, no entanto, muitas comunidades enfrentam dificuldades de acesso à informação e serviços básicos de saúde.  O papel do sector privado na saúde tem uma grande oportunidade de crescimento e de ajudar a suprir algumas destas necessidades – e encorajo as partes interessadas a focalizarem-se ainda mais nesta questão num futuro próximo.

Os parceiros de saúde apoiam o Ministério da Saúde nos seus esforços para o fortalecimento do sistema nacional de saúde.  Anos de colaboração e parceria no sector da saúde resultaram em fortes relações de trabalho.  Sem este empenho conjunto, o progresso alcançado até ao presente não teria sido possível. Trabalhando em conjunto, continuaremos a fortalecer os sistemas de saúde de Moçambique a fim de acelerar o progresso rumo aos objectivos nacionais de reduzir a mortalidade materna, do recém-nascido e infantil.

Em primeiro lugar, Ministra Abdula, quero congratular-lhe pela sua liderança e empenho na melhoria da saúde dos moçambicanos – particularmente as mulheres, crianças e os segmentos mais vulneráveis da sociedade.  E gostaria de agradecer pessoalmente à Primeira Dama pela sua liderança nesta matéria crítica.   Saúdo o vosso espírito de colaboração e o esforço que dedicaram no trabalho em vários sectores e com um conjunto diversificado de parceiros, representados aqui hoje, para melhorar a saúde dos moçambicanos.

Estamos ansiosos em continuar a trabalhar com o Governo, sociedade civil, comunidades e outras partes interessadas para o melhoramento da saúde da mulher e do recém-nascido em todo Moçambique.

 

Estamos confiantes de que o apoio, o investimento contínuo do governo e as contribuições de outros parceiros vão-nos ajudar a alcançar os nossos objectivos comuns.

 

Obrigado.