Discurso por ocasião do Dia da Independência dos Estados Unidos
Sua Excelência Ministra de Saúde, Nazira Abdula
Membros do corpo diplomático,
Senhoras e senhores,
Aloha.
Muito obrigado por se juntarem a nós hoje nesta celebração dos duzentos e quarenta e dois anos dos Estados Unidos da América. E um agradecimento especial às empresas americanas nossas parceiras neste evento. Sem o vosso apoio, esta noite não seria possível.
E estou muito satisfeito por ter a minha Ministra Nazira Abdula — nos somos amigos, parceiros, temos trabalhado juntos em todas as províncias.
Como podem ver e ouvir, e também saborear, a toda a vossa volta, estamos a celebrar esta noite o estado do Havai, que em 1959 foi o quinquagésimo e último estado a juntar-se à nossa união. Gostaria de vos explicar brevemente porque escolhemos o Havai, e porque penso que o Havai e Moçambique têm algumas coisas em comum.
Se viajássemos para trás no tempo até 1945, logo após a Segunda Guerra Mundial, e perguntássemos a um americano na rua sobre o Havai, esta seria provavelmente a resposta dele:
“Foi onde começou a guerra”.
E isso é verdade para os Estados Unidos – o Havai foi onde começou a Segunda Guerra Mundial, onde a nossa base naval foi atacada e a infra-estrutura do Havai foi destruída por bombas. Nessa época, quase nenhum americano fora das forças militares tinha visitado as ilhas, portanto o ataque cimentou a identidade do Havai na memória nacional como a porta de entrada para a Segunda Guerra Mundial.
Mas isso já não é verdade.
Hoje em dia, se perguntarem a um americano sobre o Havai, pelo menos um que não viva lá, provavelmente vão ouvir qualquer coisa como:
“É um paraíso tropical”. ou
“Sempre quis visitar”.
Ao contrário de 1945, a ideia do Havai hoje em dia, o conceito do Havai na mente americana, já não é definido pela guerra. Se visitarem o Havai, ainda vão encontrar estátuas, monumentos e museus dedicados aos membros das forças militares que deram as suas vidas para a protecção da nossa nação, e aos civis que infelizmente pereceram quando as bombas caíram.
Mas quando eu penso no Havai hoje em dia, não penso em bombas, ou armas, ou morte. Penso na música e na comida que podem apreciar aqui esta noite; penso nas praias que talvez sejam tão lindas como as praias aqui em Moçambique. E penso num povo caloroso, hospitaleiro e diversificado que dirige um dos estados economicamente mais bem sucedidos da nossa nação.
Mas que importância tem isso para nós esta noite, aqui em Moçambique? Bem em primeiro lugar, é um momento fascinante ser Embaixador dos Estados Unidos em Moçambique. É uma época de grandes expectativas. Sabem, tanto o Havai como Moçambique têm montanhas lindas. Essa é uma boa perspectiva para pensar em Moçambique neste momento. Do topo da montanha – onde nos podemos imaginar – a nossa vista alcança os dois lados. Dum lado, podemos ver a origem de Moçambique. É difícil olhar para parte do que vemos. Há o colonialismo; há a guerra; há pessoas que sofreram com doença e com pobreza. Mas também vemos imensos heróis, e muita história para os Moçambicanos se orgulharem e com razão.
Se olharmos para o outro lado da montanha, podemos ver a direcção para onde Moçambique caminha. E essa é uma visão linda. Podemos ver uma nação que usa os seus recursos naturais, com responsabilidade e sustentabilidade, em benefício de todos os seus cidadãos. Podemos ver uma nação livre do HIV, tuberculose e malária, onde pessoas saudáveis alcançam o seu potencial económico e social pleno. E principalmente, vemos uma nação em paz, uma nação onde os cidadãos, oficiais governamentais e instituições constroem as relações que servem como a fundação de qualquer democracia. É por isso que esperamos que muito em breve os esforços corajosos iniciados pelo Presidente Nyusi e o falecido líder da Renamo Dhlakama resultem numa paz definitiva – que inclua a descentralização e o que é igualmente importante, a desmilitarização. Na qualidade de amigo de longa data de Moçambique, o compromisso contínuo dos Estados Unidos é de trabalhar lado a lado com os parceiros moçambicanos para transformar essa visão numa realidade, através dos nossos programas oficiais de desenvolvimento, e o que é igualmente importante, através do aumento dos investimentos do sector privado neste país. A nossa nova embaixada que cresce diariamente e que podemos ver a partir daqui é um símbolo forte do nosso compromisso com Moçambique e o seu povo maravilhoso.
E a verdade é que já não estamos simplesmente no cimo dessa montanha a olhar para baixo. Graças ao trabalho de muitos dos presentes nesta noite, já estamos a caminhar no trilho da nação que nos espera no vale verdejante lá em baixo. E assim como o Havai para nós hoje em dia significa a comida deliciosa, a música e a cultura que apreciamos esta noite, o Moçambique de amanhã será definido por aquilo que é, e não por aquilo que antes foi. Os Estados Unidos continuam a ter orgulho de fazer parte desse futuro.
Obrigado, e como dizem no Havai: Mahalo nui loa, e Aloha Ahiahi.
Gostaria de brindar ao povo de Moçambique, ao Presidente Filipe Jacinto Nyusi e Presidente Donald Trump, e à amizade entre a República de Moçambique e dos Estados Unidos da América, a todos os presentes nesta noite, e especialmente o grande estado do Havai!