Discurso do Encarregado de Negócios Jeremey Neitzke no Dia Mundial de Luta Contra a Sida em Moçambique Cerimónia Central

Sua Excelência Dr. Armindo Tiago, Ministro de Saúde

Sua Excelência Senhor Vicente Joaquim Secretário de Estado

Excelentíssimo Senhor Dr. Francisco Mbofana Secretário Executivo do Conselho Nacional de Combate ao SIDA – CNCS

Senhoras e senhores

Bom dia! Em nome da Embaixada dos Estados Unidos em Moçambique, tenho a distinta honra de estar convosco neste Dia Mundial de Combate ao SIDA.  Hoje é um dia para renovarmos o nosso compromisso de acabar com a epidemia do HIV/SIDA.  Também é um dia para honrarmos as muitas pessoas que perderam a vida pelo SIDA aqui em Moçambique e por todo o mundo.

Este ano, o nosso foco é: “Alcançando a Igualdade e Equidade na Resposta ao HIV/SIDA”.  Mas que significa isso? Por todo o mundo, as pessoas vivendo com HIV/SIDA são alvo de discriminação.  E por todo o mundo, as comunidades marginalizadas, incluindo a comunidade LGBTQI+, mulheres e raparigas vulneráveis, trabalhadores do sexo, prisioneiros e utilizadores de drogas enfrentam muitas barreiras quando querem procurar e receber cuidados de saúde. Mas como dita a nossa campanha, somos iguais, todas as pessoas têm um direito igual de acesso aos recursos de prevenção do HIV.  Todas devem ter acesso igual ao tratamento do HIV, sem estigma.  E todas devem ter acesso igual à testagem do HIV.

Senhoras e senhores, em 2023 (dois mil e vinte e três), os Estados Unidos vão assinalar 20 (vinte) anos de trabalho no combate ao HIV/SIDA através do Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio do HIV e SIDA, conhecido como PEPFAR. Através do investimento anual de $400 (quatrocentos) milhões de dólares do PEPFAR, e décadas de parceria próxima com o Governo de Moçambique e outros colaboradores, temos muito para celebrar, mesmo enquanto choramos aqueles que perderam as suas vidas.

Há vinte anos, menos de uma em dez pessoas em Moçambique tinha feito o teste do HIV.  Menos de 5.000 (cinco mil) estavam a receber tratamento para o HIV.  167 (cento e sessenta e sete) moçambicanos morriam de SIDA diariamente, deixando para trás famílias e comunidades devastadas.  Quando as pessoas consideravam fazer o teste do SIDA, havia um medo paralisante só de pensar nos resultados.

Hoje, cerca de 2 milhões de moçambicanos vivem vidas plenas com medicação antirretroviral.  Hoje, cada moçambicano que testa positivo para o HIV pode começar imediatamente o tratamento, grátis.  Passámos de apenas prevenir os óbitos na nossa resposta ao HIV/SIDA, para ajudar as pessoas a viverem vidas plenas, produtivas e mais longas.

Há vinte anos, o moçambicano médio vivia até cerca dos 50 (cinquenta) anos.   Atualmente, a esperança de vida é de 61 (sessenta e um) anos. Aqueles que são seropositivos e tomam a sua medicação diariamente sem interrupção vivem vidas plenas e produtivas. Eles são LGBTQI+.  Eles são trabalhadores de sexo. Eles são utilizadores de drogas.  Eles são os nossos vizinhos.  Eles são os nossos colegas.  Eles são os nossos amigos.  Eles são os nossos familiares.  Eles são fortes e são saudáveis.

Vossa Excelência, Presidente Nyusi: É um privilégio especial estar consigo hoje na véspera deste marco assinalável de 20 (vinte) anos de parceria na saúde entre Moçambique e Estados Unidos. Renovamos orgulhosamente o compromisso dos Estados Unidos de trabalhar em conjunto com Moçambique para acertar acesso igual e equitativo aos serviços de HIV/SIDA por toda a nação.

Senhoras e senhores, hoje saberemos os resultados de um inquérito a nível nacional sobre o HIV/SIDA em Moçambique, financiado em parte pelo Governo dos Estados Unidos. Este estudo salienta os nossos sucessos na luta contra esta doença.  Mas também nos mostra onde precisamos de trabalhar mais para finalmente trazer uma geração livre do SIDA.

Terei muito prazer no nosso contínuo trabalho em conjunto. Juntos somos mais fortes.  E juntos, vamos continuar a fazer a diferença.

Muito obrigado.