Cerimónia de Afectação dos Voluntários do Corpo da Paz

Corpo da Paz dos Estados Unidos em Moçambique 

Discurso do Embaixador Dean H. Pittman

 

Excelentíssima Senhora Dra. Marina Karagianis, representante do Ministério da Saúde,

Excelentíssimo Senhor  Dr. Francisco Mbofana, Secretario Executivo do Conselho Nacional de Combate ao SIDA,

Excelentíssimo Senhor Gracio Fenias Guambe,  representante do governo do Distrito de Namaacha,

Director do Corpo da Paz Moçambique, Sanjay Mathur,

Respeitados Parceiros

Queridos estagiários e Voluntários presentes

Meus senhores, minhas senhoras

Boa tarde e bem-vindos à cerimónia de juramento do vigésimo sexto grupo de Voluntários do Corpo da Paz em Moçambique.  É uma honra especial fazer o juramento dos nossos Voluntários.

Hoje, testemunhamos o juramento de 54 novos “Voluntários de Saúde” que em breve iniciarão dois anos de trabalho nas suas comunidades, vilas e cidades ao longo deste grande e lindo país.

Embaixador Dean H. Pittman Profere Discurso na cerimónia de ajuramentação do 28º Grupo de Voluntários do Corpo da Paz
O Embaixador dos Estados Unidos da América para Moçambique Dean H. Pittman profere o seu discurso durante a cerimónia de ajuramentação do 28º Grupo de Voluntários do Corpo da Paz dos Estados Unidos em Moçambique, na sua residência em Maputo.

Em 1960, o Presidente John F. Kennedy lançou um desafio a jovens adultos americanos para servirem o seu país numa causa pela paz, vivendo e trabalhando nos países em desenvolvimento.  Um ano depois, o Corpo da Paz tinha oficialmente nascido.  Até agora, cerca de duzentos e vinte mil americanos já serviram como Voluntários em cento e quarenta países.

O Corpo da Paz está presente nos países onde recebe um convite do governo anfitrião, e apenas quando os seus programas respondem às necessidades identificadas pelo país beneficiário.  Para além de assistirem as comunidades onde se encontram inseridos de muitas formas diferentes, os Voluntários do Corpo da Paz ajudam a promover uma melhor compreensão sobre os Americanos no país onde se encontram e, quando regressam aos Estados Unidos, uma melhor compreensão sobre esse país na América.

O programa do Corpo da Paz em Moçambique data de 1998. Desde essa altura, mais de mil Voluntários americanos já trabalharam nas onze províncias do país.  Alguns dos Voluntários do Corpo da Paz são professores e formadores de professores em escolas secundárias, vocacionais e pedagógicas espalhadas por Moçambique.  Os outros, como os que se encontram hoje aqui, trabalham na extensão dos serviços de saúde às comunidades e na luta constante contra o HIV e SIDA e malária.  Com a adição do grupo de hoje, existem actualmente cerca de 200 (duzentos) Voluntários a trabalhar em Moçambique.

Estes Voluntários vão colaborar com as unidades sanitárias desde as capitais provinciais até pequenas cidades ou vilas, apoiando o pessoal de saúde e organizações locais e internacionais que providenciam apoio clínico às unidades sanitárias.  Eles trabalham lado a lado com educadores de pares, activistas e conselheiros que asseguram que pacientes sejam aconselhados, testados e tratados.  Tendo em conta a experiência dos Voluntários actuais, eles estão preparados para apoiar na expansão dos Grupos de Adesão e Apoio Comunitário (GAAC) em concordância com o Plano de Aceleração de controlo do HIV e SIDA do governo moçambicano.  Os Voluntários também apoiam as organizações comunitárias de base ou organizações baseadas na fé cujos activistas fazem visitas de cuidados domiciliários, proferem palestras, e promovem a aderência ao tratamento.

Damos as boas-vindas aos representantes de algumas dessas organizações parceiras que estão hoje aqui presentes e, agradecemos imenso por incorporarem os Voluntários do Corpo da Paz nos vossos esforços para melhorar a saúde e a vida nas comunidades.

Aos futuros Voluntários, eu vos saúdo.  Gostaria de mencionar que eu também fui um Voluntário do Corpo da Paz de 1977 a 1979, no Gabão, onde ensinei Inglês.  Essa experência teve um impacto muito forte em mim e na minha carreira como servidor público, na verdade, até no meu actual papel de embaixador.

Portanto, eu sei e entendo que vocês deixaram o conforto das vossas casas na América para viajar para longe das vossas famílias e dedicarem o vosso tempo, energia e concentração a ajudar a pessoas necessitadas.  Eu sei que vocês serão bons embaixadores do nosso país criando as mais importantes ligações humanas nas comunidades e vilas que vos acolherão e vocês irão continuar com o legado de partilhar a América com essas comunidades.  O vosso país e eu vos agradecemos pelo sacrifício, altruísmo, e serviço prestado como Voluntários.  Como disseram durante a festa das famílias na Namaacha há duas semanas atrás, vocês já se sentem parte da família moçambicana: já sabem ralar coco para fazer pratos típicos moçambicanos, já falam português e aprenderam canções em língua local.  Eu tenho a certeza que as vossas futuras comunidades irão beneficiar das vossas habilidades e da vossa dedicação.

Boa sorte!

Muito obrigado!