
Sua Excelência o Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos
Excelentíssimos representantes do Governo de Moçambique
Excelentíssimos membros do corpo diplomático
Caros convidados
My fellow Americans
Antes de iniciar o nosso programa, quero estender as minhas profundas condolências às vítimas do ataque terrorista no aeroporto Ataturk em Istambul. Como sabemos das nossas próprias experiências, sendo a mais recente o ataque terrorista em Orlando, Florida, todos temos que nos manter unidos contra estes ataques cobardes.
Boas-vindas a todos a este aniversário dos 240 anos de independência dos Estados Unidos. Obrigado a todos que se juntaram a nós nesta noite fria em Maputo mas cheia de calor humano! O meu obrigado também aos nossos patrocinadores, que ajudaram a tornar esta noite possível e estão a investir no futuro deste país:
- ExxonMobil
- Fluor
- Anadarko
- Pernix
- Nelt
- Delta
- Coca-Cola
- Pizza Hut

Também permitam-me agradecer ao povo de Namige-Naminatar em Nampula. Numa das minhas viagens recentes, inaugurei com Sua Excelência a Ministra da Saúde o Centro de Saúde Rural de Namige-Naminatar. Como acontece em todas as comunidades que visito em Moçambique, fui recebido de braços abertos, e fui surpreendido com a generosa oferta de um cabrito! Antes de saber que ele seria sacrificado, chamei-lhe Tio Sam. Então, hoje o Tio Sam vai ser servido a todos vós, como símbolo da partilha entre os nossos povos.
Os aniversários servem como momentos de reflexão, e certamente que nestes 240 anos o meu país teve a sua quota de sucessos e fracassos, prosperidade e tempos difíceis, guerras e paz, e questões que desafiaram os nossos próprios valores como nação. Temos orgulho do estado da nossa nação, mas também compreendemos que o trabalho de uma democracia nunca termina. Ele exige um compromisso contínuo e trabalho duro – assim se concretizam os ideais sobre os quais a nação foi fundada.
A nossa história também inclui os 41 anos de relações diplomáticas com Moçambique. Quando chegaram hoje, espero que tenham tido oportunidade de ver o modelo e o filme virtual da nossa nova embaixada. Iniciámos a construção este mês e espero ver este projecto completado em breve – bem, pelo menos antes de eu deixar Moçambique. Vai ser um belo edifício na Marginal, que fará jus ao estilo arquitectónico e historial de Moçambique. Mais importante ainda, será um símbolo duradouro do compromisso contínuo dos Estados Unidos com Moçambique e o seu povo.
Os Estados Unidos reconheceram a República de Moçambique no dia 25 de Junho de 1975 – o próprio dia da independência de Moçambique. Foram muitos os momentos memoráveis ao longo dos 41 anos das nossas relações. Mas talvez um dos mais importantes ocorreu a 19 de Setembro de 1985 quando o Presidente Samora Machel se encontrou com o Presidente Ronald Reagan na Casa Branca. De muitas formas, foi um encontro muito positivo, que definiu o tom da relação próxima e de cooperação que temos gozado desde então.
Como muitos de vocês sabem, tenho uma história pessoal com Moçambique (embora não seja propriamente 40 anos). No início dos anos 90, trabalhei aqui como um jovem diplomata – nunca imaginei que voltaria para cá como Embaixador. Estava cá quando a guerra longa e devastadora finalmente terminou. Foi uma época de entusiasmo e de esperança, e eu senti-me privilegiado por ver o país a juntar-se para iniciar a longa jornada de construção de um futuro baseado na paz e na democracia.
Em 1992, Moçambique e o seu povo fizeram a escolha de avançar em conjunto no sentido de um futuro mais promissor. Foi uma decisão corajosa e que trouxe recompensas ao longo dos anos, pois a economia cresceu e as oportunidades expandiram-se.
E agora regressei numa época em que mais uma vez Moçambique enfrenta escolhas difíceis.
O impacto de dívidas sem precedentes sobrecarrega as finanças do estado e mina a confiança, agravando uma situação económica que já era frágil. Uma seca significativa no sul, cheias no norte e um conflito armado constante apresentaram desafios tremendos para o país. E em Moçambique, assim como nos Estados Unidos, é o cidadão comum – aquele que quer alimentar, educar e criar uma vida melhor para a sua família – que mais sofre quando as crises ocorrem.
É essa a razão porque os Estados Unidos se têm empenhado ao longo dos anos em apoiar programas que melhoram as vidas dos Moçambicanos. Os nossos programas de prevenção e tratamento do HIV e da malária, de apoio escolar primário às crianças, o fortalecimento das instituições democráticas e do estado de direito, o encorajamento das parcerias público-privadas para preservar a proteger a fauna bravia de Moçambique, e expandir as oportunidades económicas – estes são apenas alguns dos nossos muitos programas que fazem uma diferença real nas vidas dos Moçambicanos.
Também partilhamos convosco a visão de um Moçambique que é forte, estável, saudável e próspero; um Moçambique que protege os direitos de todos os seus cidadãos e deixa espaço para as vozes discordantes; e de um Moçambique onde o crescimento económico inclusivo é fomentado por um sector privado robusto e livre. Mas essa visão depende das decisões tomadas hoje.
O Presidente Nyusi tomou passos louváveis para recomeçar um processo de diálogo que pode por fim ao ciclo de violência que afecta o país. A resposta positiva do Presidente Dhlakama da Renamo é encorajador. Endossamos fortemente os esforços de traçar uma nova rota no sentido da paz e da estabilidade. Como afirmei antes, os Estados Unidos estão prontos para assistir e apoiar este diálogo de todas as formas possíveis.
Não é segredo que a comunidade internacional estremeceu com algumas das escolhas económicas feitas pelo país. Por isso esperamos ver passos igualmente arrojados para abordar a questão da crise das dívidas e restaurar a confiança que será essencial para nos permitir trabalhar em conjunto e assegurar que Moçambique se encontra de novo no trilho do futuro que todos sonhamos para este belo país.
Este país e o seu povo estão no meu coração, e sinto-me honrado por poder aqui estar de novo, desta vez como Embaixador dos E.U.A. Enquanto a forma da nossa nova embaixada se for revelando na Marginal ao longo dos próximos meses, espero que sirva de símbolo inabalável da nossa amizade e dos laços profundos e duradouros entre os nossos países.
Gostaria finalmente de brindar ao povo de Moçambique, ao Presidente Filipe Jacinto Nyusi e Presidente Barack Hussein Obama, e à amizade entre a República de Moçambique e dos Estados Unidos da América, e a todos os presentes nesta noite.